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Repaginada, Superliga europeia tenta ressurgir
Lançada em abril de 2021, a primeira versão da Superliga foi tão polêmica que não durou nem 48 horas. O plano era ter membros fixos ?Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Tottenham, Milan, Inter de Milão, Juventus, Barcelona, Real Madrid e Atlético de Madrid? e 20 equipes no total. Um clubinho exclusivo dos mais ricos com uma competição paralela para concorrer com a Liga dos Campeões. Torcedores protestaram, treinadores, comentaristas e jogadores reprovaram, Uefa e Fifa ameaçaram banir clubes e atletas, e até o então primeiro-ministro britânico Boris Johnson se meteu, prometendo uma lei para impedir a adesão dos ingleses. A ideia ficou adormecida, mas não abandonada, principalmente por Barcelona, Real Madrid e Juventus.
Na nova tentativa, o diretor da A22 Sports Management ?responsável pelo projeto? disse nesta semana que conversou com quase 50 clubes europeus, sem citar quais, e montou a base do que seria a nova Superliga. Mais inclusiva e tentando corrigir controvérsias, propõe a participação de até 80 clubes baseada em mérito esportivo, ou seja, ninguém estaria garantido; todos disputando campeonatos nacionais; mais de uma divisão; cada integrante jogando ao menos 14 partidas por temporada, para ter estabilidade e receita.
Desta vez as reações foram menores, menos raivosas e mais criativas. Javier Tebas, presidente da La Liga, disse que a Superliga é o lobo mau disfarçado de vovozinha da história da Chapeuzinho Vermelho. A Associação de Torcedores de Inglaterra e País de Gales a chamou de liga zumbi. Um repórter do principal canal esportivo inglês classificou o anúncio como “manobra de relações públicas” por “ciúmes do sucesso da Premier League”. A organização que representa 40 ligas com mais de 1.000 clubes europeus disse que não foi consultada.
Leia mais (02/10/2023 – 18h31)