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Rondônia, segunda, 27 de janeiro de 2025.

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As novas regras não escritas da sucessão presidencial no México

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Desde a transição do México para a democracia em 2000, nenhum presidente em exercício conseguiu impor seu candidato preferido para sucedê-lo. Como acontece em quase todos os sistemas políticos presidenciais, a candidatura a dito cargo geralmente gera disputas dentro do partido no poder e a intervenção do presidente em exercício tende a ser importante, embora nem sempre determinante.

No caso do México, esta inércia é maior devido à subsistência de algumas práticas políticas do século 20 que ainda persistem no século 21. As chamadas “regras não escritas” por alguns, ou “faculdades metaconstitucionais” por outros, caracterizaram o sistema político mexicano ao concentrar o poder quase absoluto na figura presidencial. Na prática, isto não acontecia, pois os executivos negociavam com grupos dentro do sistema, mas o resultado sempre pareceu ser uma decisão unívoca. Esta imagem de um presidente todo-poderoso levou Mario Vargas Llosa a denominar o sistema político mexicano do século 20 de “ditadura perfeita”.

Para as eleições de 2024, o Morena (Movimento de Regeneração Nacional), o partido do atual presidente Andrés Manuel López Obrador (AMLO), tem altas probabilidades de manter a presidência. Ao contrário dos processos anteriores, nos quais os prováveis candidatos mantiveram um perfil cauteloso para não desgastar suas aspirações, há alguns meses o próprio AMLO vem surpreendentemente encorajando uma feroz competição entre os três possíveis candidatos de seu partido para sucedê-lo no cargo.
Leia mais (03/21/2023 – 22h00)

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