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E eu com isso?
Quando recebemos a notícia de um terremoto que acontece do outro lado do hemisfério, o abalo também tem que ser nosso. Da firmeza do chão que nos sustenta, podemos nos compadecer, rezar, lamentar e até colaborar de alguma forma. Mas temos também que parar. E pensar. Porque tem coisas que a gente só consegue enxergar no meio de cinzas e crateras, o choque logo passa, a vida naturalmente nos acomoda no nosso micromundo. É essa a natureza humana: é a forma como ela nos defende da nossa própria fragilidade. Por isso, enquanto estivermos comovidos, devemos enxergar como tratamos o que extrapola a nossa individualidade. É a hora propícia para tentarmos entender que o chão que pisamos nunca será firme se faltar chão para os outros. Essa é a maior ajuda que podemos oferecer ao mundo, esse é o maior legado que podemos deixar. Compreender que tudo o que acontece em qualquer parte do mundo, da camada de ozônio na estratosfera ao núcleo terrestre, é problema nosso.
Leia mais (02/13/2023 – 00h30)
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