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Rondônia, sábado, 01 de fevereiro de 2025.

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Palavra ninguém mata

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Tem gente que anda por aí com arma no porta-luvas mas morre de medo quando uma palavrinha de meio centímetro se aproxima. Eu vi com meus próprios olhos, numa reunião. Projetaram na tela: prezad@s. Um homem levantou o braço, nervoso: querem me arrancar o masculino? E isso que a palavra nem era neutra. Essas, perseguides por certos grupos, só pipocam ainda mais. Amarga ilusão achar que é possível controlar a língua, esse movimento popular. Os linguistas podem até organizá-la mas quem
transforma a matéria é a base.

Se uma incomoda, várias incomodam muito mais. Não podiam falar contra a ditadura? Cálice, cálice, cálice. E a quantidade de fósforos desperdiçados em fogueiras de livros? Basta uma palavra morrer ali para ressuscitar acolá. O clássico Ulysses chegou a ser proibido por ser considerado obsceno. Fã da obra, Anthony Burguess desmembrou a lombada, costurou os capítulos dentro da roupa e, literalmente,
levou a frente a palavra de Joyce.
Leia mais (10/16/2022 – 21h42)

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