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Para ganhar um Oscar, atuação só não basta: é preciso ter uma narrativa
Num mundo ideal, não haveria prêmios de atuação. Para começar, arte dramática não é esporte: a qualidade de uma performance não é facilmente mensurável como um tempo de corrida ou um placar de gols. Fora que a única maneira de chegar a um julgamento mais ou menos justo seria se todos os candidatos a melhor ator ou atriz interpretassem o mesmo papel, sob a mesma direção.
Não é o que acontece na vida real, é claro. Os prêmios de teatro e cinema existem, antes de mais nada, porque são ferramentas de marketing: peças e filmes premiados costumam atrair mais público. E, na hora de escolher as melhores interpretações, entram em jogo diversos fatores, que vão da mera simpatia pessoal ao que hoje se convencionou chamar de “narrativa”.
O termo caiu no gosto dos marqueteiros políticos e nada mais é do que contar uma história ou dar um contexto, ressaltando os pontos positivos e omitindo os negativos. As narrativas se tornaram essenciais para um candidato vencer as eleições, para uma celebridade envolvida num escândalo ser perdoada pelo público e até mesmo para um ator ganhar um Oscar.
Leia mais (02/27/2023 – 14h15)