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Rondônia, sábado, 08 de fevereiro de 2025.

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Por mais Helenas na Ciência

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??Em meio a tantas notícias complexas e difíceis para a educação e para a ciência em nosso país, nesta semana tivemos um importante momento de celebração e oxigenação, com a entrada da primeira mulher na presidência da Academia Brasileira de Ciência (ABC). Trata-se de Helena Nader, professora titular da Escola Paulista de Medicina, da Unifesp, e que também já presidiu a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

A ABC é uma instituição centenária que vem atuando de forma magnífica sob a gestão de Luiz Davidovich, que realizou trabalho agregador e magnífico como presidente. Agora, em ato inédito em sua história, a Academia vai empossar a primeira mulher para dirigi-la. Um fato emblemático que inspira outras mulheres e jovens no mundo acadêmico.

Já mencionamos como as mulheres na ciência experimentam disparidades históricas em seus locais de trabalho, em oportunidades de desenvolvimento e avanço profissional e mais ainda na conquista de cargos de liderança. Por isso é tão importante celebrar a conquista de Helena Nader, que também é de todas nós.

Ao lado da celebração, pesa o fato de que momentos como esses ainda são poucos. Todos/as, especialmente os tomadores/as de decisões, precisam avançar para que as mulheres ganhem maior representatividade em cargos de liderança na ciência, e onde mais quiserem. Da mesma forma, as mulheres em cargos de direção devem abrir e criar políticas para promover espaços para mais mulheres e suas capacidades. Um movimento que requer mudanças sistêmicas e estratégias e práticas para recrutar, reter e promover as mulheres.

Em levantamento feito com base em dados de fevereiro de 2022 do Portal da Transparência, o pesquisador Alexsandro Cardoso Carvalho, do SoU_Ciência, mostrou que há grande desproporção entre homens e mulheres em posições de destaque na gestão das universidades brasileiras, considerando o nível do vencimento e o status do cargo/função que ocupam.

O gráfico a seguir, que faz parte do estudo que será publicado em breve, mostra claramente que quanto mais elevado o cargo/função menor é a proporção de mulheres:
Leia mais (04/01/2022 – 07h00)

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