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Rondônia, segunda, 03 de fevereiro de 2025.

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Sem democracia não há ciência e educação libertadoras

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As tradicionais escolas e faculdades de universidades públicas brasileiras, e mais especialmente a Universidade de São Paulo (USP), sempre foram espaços de reprodução das elites brancas que se alternam no comando do país – com raras exceções. Mas o ato deste 11 de agosto, na Faculdade de Direito, teve muitos simbolismos e nos mostrou como a Universidade pode e deve se pintar de povo.

Um deles foi a presença de um mar plural de pessoas de diferentes origens, classes, raças e faixas etárias tomando as famosas “arcadas” da escola de Direito mais antiga e famosa do Brasil, que já formou 13 ex-presidentes e 45 ex-governadores de São Paulo. Com diferenças sociais e políticas, a multidão que rodeou a Faculdade São Francisco se uniu em defesa da nossa democracia.

A leitura pública da “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito” mostrou como a organização coletiva é capaz de atrair e aglutinar segmentos diversos, tanto da academia, quanto das artes, empresariado, sindicatos e movimentos estudantis e populares. Dessa unidade ali vislumbrada é que pode e deve incidir a virada histórica que almejamos, rumo à reconstrução (e reinvenção) do nosso país, com o aprofundamento da democracia e da justiça social.

Em meio às constantes ameaças contra a ordem democrática, a união de setores representativos da sociedade brasileira, convocados pela universidade pública, é sinal de que a mobilização em defesa do Estado Democrático de Direito é também um reconhecimento do papel social que as universidades brasileiras podem cumprir nessa transição histórica. E de como as instituições de ensino superior abertas a todos os setores, em especial aos movimentos populares, ampliam a capacidade de imaginar outros futuros, mais plurais e solidários.
Leia mais (08/12/2022 – 08h00)

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